Dimetrodon (pronunciado /daɪˈmɛtrədɒn/, que significa "duas medidas de dentes") era um gênero de predador sinápsideo (um grupo de animais intermediários entre os mamíferos e répteis) que floresceu durante o período Permiano,
vivendo entre 280-265 milhões de anos atrás. Foi mais estritamente
relacionada aos mamíferos do que aos répteis atuais, como os lagartos.
O dimetrodonte não era um dinossauro, apesar de ser popularmente
agrupado com eles. Pelo contrário, é classificada como uma Pelycosauria.
Fósseis de dimetrodontes foram encontrados na América do Norte e Europa, bem como uma importante descoberta de pegadas de Dimetrodonte no sul do Novo México, por Jerry MacDonald.
O nome "Dimetrodon[t]" remete á sua peculiaridade e reafirma sua
ligação com os mamíferos modernos. De fato os lagartos possuem pouca
diferenciação na sua dentição, sendo que seus dentes variam mesmo no
tamanho e no volume. Já o Dimetrodonte possui dentes de dois tamanhos
diferentes, especializados, um tipo para dilacerar e outro para moer,
característica compartilhada com os mamíferos. Outro fato que salta aos
olhos é a posição dos seus membros, nota-se pela imagem que o
Dimetrodonte já deixava sua postura reptiliana (com membros embaixo do
corpo) para adotar uma postura reconhecidamente mamífera (com os membros
dos lados do corpo). Mas a maior ligação entre esse Pelycossauro e os
mamíferos modernos esteja ligada com essa estranha vela em suas costas.
Répteis são pescilotermos ("temperatura de peixe") e seu calor corporal
depende de sua exposição ao meio ambiente: Ambientes frios tendem á
deixar o réptil mais inativo e letárgico. Ambientes quentes aumentam a
temperatura do corpo do animal e o deixam mais ativo. Nos répteis a
temperatura do corpo do animal depende de sua exposição ao sol. O
Dimetrodonte possuía essa vela que agilizava o processo:
Perpendicularmente aos raios do sol, o animal absorvia muito mais calor e
estaria em atividade na metade do tempo dos demais predadores -
obedecendo a regra de que "o pássaro madrugador captura a minhoca" -
enquanto os demais ainda estariam ao sol. Em paralelo aos feixes de luz,
essa mesma vela serviria como um radiador, eliminando o excesso de
calor do corpo do animal. Dessa forma o Dimetrodonte conseguia manipular
a temperatura do seu corpo e esta já não dependia tanto de fatores
estritamente ambientais. Seria sim uma forma de homeotermia? De certa
forma. Essa capacidade de estabelecer e manter (mesmo que com
limitações) a temperatura interna de seu corpo é o princípio da
homeotermia, onde a temperatura do corpo não varia ou varia pouco. E
essa característica está presente apenas nas aves e nos
mamíferos. Daí esta tendência á aproximar o Dimetrodonte aos mamíferos
modernos e, de fato, segundo pesquisas arqueológicas apresentadas nos
documentários mais conhecidos, este animal seria o protótipo e o
ancestral de todos os mamíferos modernos, o braço que deu origem aos
mamíferos atuais; ou pelo menos aos homeotermos em geral.

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